Polícia de Boston prende 2º suspeito por explosões na Maratona
o jovem Dzhokhar Tsarnaev, de 19 anos (Foto: AP)
Washington, 20 abr (EFE).- A reta final da caça a Dzhokhar Tsarnaev, o jovem de origem chechena suspeito de ser co-autor dos atentados de Boston na segunda-feira, começou quando parecia que tudo começava a desmoronar.
As autoridades a cargo de sua captura haviam levantado o toque de recolher que fora imposto horas antes por não encontrar o suspeito e não poder manter paralisada a região de Boston durante mais tempo.
A perseguição aos dois suspeitos, os irmãos Tamerlan e Dzhokhar Tsarnaev, começou na noite de quinta-feira, quando foi assassinado um policial no campus do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT, em inglês), em Cambridge, onde eles iniciaram uma fuga em um carro roubado.
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Na cidade de Watertown, a Polícia alcançou os dois suspeitos e deu início a um tiroteio que terminou com a morte do mais velho deles, Tamerlan, de 26 anos, enquanto Dzhokhar, de 19, conseguiu fugir.
A partir daí, todas as forças de segurança participantes da investigação, agências federais, estaduais e municipais, assim como corpos especiais, se dispuseram a vasculhar a área à procura do jovem, que quatro dias antes supostamente fora um dos causadores do atentado que matou três pessoas e feriu outras 176 na maratona de Boston.
Segundo suspeito de ataques em Boston é detido pela polícia de Boston (Foto: Reprodução/CBS)
As horas passavam enquanto o pequeno município ficava tomado por veículos blindados, caminhões da Polícia e centenas de efetivos de segurança, que não tinham êxito.
Os moradores da zona permaneciam em suas casas, com instruções de não abrir a porta para ninguém que não se identificasse como agente, enquanto o restante do país acompanhava o caso pela televisão.
Por volta das 18h, o governador de Massachusetts, Deval Patrick, ordenou a suspensão do toque de recolher e o restabelecimento do trânsito na região perante os esforços infrutíferos para encontrar o mais jovem dos irmãos.
Foi quando um dos moradores de Watertown, ao sair de sua casa, notou manchas de sangue na lancha que estava guardada em seu quintal. Identificado pela emissora "ABC" como David Henneberry, ele aproximou-se da embarcação e viu um corpo. Imediatamente, notificou as autoridades, e em apenas alguns minutos sua casa estava cercada por dezenas de policiais e outros corpos de segurança.
Através de câmeras de detecção térmica, os oficiais confirmaram que havia um corpo dentro da lancha, e para despistá-lo lançaram bombas de fumaça nas imediações, o que precedeu a uma troca de tiros entre Tsarnaev e a Polícia.
Por volta das 20h45 locais (21h45 de Brasília), a Polícia de Boston confirmou que o jovem tinha sido capturado vivo, mas em estado grave. Com o anúncio, Watertown e a área de Boston explodiram em comemoração.
Minutos mais tarde, representantes de todas as forças de segurança participantes do dispositivo deram uma entrevista coletiva no quartel-general da Polícia de Boston, na qual confirmaram que Tsarnaev fora levado para o Hospital Mount Auburn, em Cambridge.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, concedeu uma entrevista desde a Casa Branca para agradecer os esforços e dar por "fechado este capítulo da tragédia", mas lembrou que ainda há muitas perguntas sem resposta.
Obama assegurou que todos os recursos federais continuarão à disposição das investigações para determinar a forma como os irmãos Tsarnaev fizeram o atentado de segunda-feira e também a sua motivação. Outra pergunta é se os dois contaram com alguma ajuda externa.
"Vamos determinar o que aconteceu. Vamos fazer tudo o que tivermos que fazer para manter nossa gente a salvo", assegurou Obama.
Segundo informaram vários veículos da imprensa americana, o jovem de origem chechena será interrogado por FBI e CIA sem que sejam lidos os seus direitos básicos, fazendo uso de uma exceção nas normas da Justiça americana.
No fim das contas, após dias de incerteza e quase 24 horas de agonia, os EUA capturaram vivo um dos dois supostos autores do maior atentado sofrido pela cidade de Boston, e o primeiro em solo americano depois dos ataques de 11 de setembro de 2011. No entanto, muitas questões ainda buscam repostas. EFE
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