quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Valci Pelé - O Passista

Dia 19 de Janeiro - Dia do Passista Valci Pelé - O Passista Hoje é comemorado o Dia do Passista. Mais que uma data comemorativa, a intenção de se ter um dia para esta comemoração é importante e especial. Importante porque é símbolo da luta contra os desmandos de Diretorias de Carnaval que, em sua maioria, durante alguns anos, não privilegiaram este segmento nos desfiles das escolas de samba. Especial porque foi iniciado por nós mesmos, Passistas, que sabemos que fazemos a diferença no Carnaval. Temos a obrigação de voltarmos/começarmos a agir como personagens distintos que somos e melhorarmos nossa imagem, independente do preconceito sofrido por homens e mulheres que vivem pelo samba. Sempre falo que vivemos pelo samba e pelo Carnaval, maior festa cultural brasileira. Nenhum Passista é muito bem remunerado para viver de samba. São gastos com ensaios e figurinos, além de shows não gratificados para colaborar, como segmentos que somos, com as nossas agremiações. Viver de samba é muito pouco para tamanha dedicação. Não temos escolha. Tem que ser por, pelo e pela: por amor, pelo samba e pela sua escola de coração. Não tem como inventar, a fórmula é Passista = samba + amor + agremiação. A bandeira desta luta foi hasteada para iniciar um processo de valorização do Passista e do segmento, a Ala de Passistas. Novamente, lutamos para termos um espaço na festa carnavalesca, o nosso espaço. Mesmo porque, o Passista, tanto o masculino quanto feminino, sempre foi considerado representante singular da arte do samba no pé. Os amantes do Carnaval não me deixam mentir. Durante algum tempo ficamos conhecidos como simplesmente sambistas e não como Passistas, os quais sempre fomos. Esta confusão era acompanhada por um discurso cínico de mídia televisiva, que diminui consideravelmente a importância de alguns personagens no Carnaval e que, tampouco, fazia questão de conhecer a essência de toda essa manifestação cultural e, desse modo, transformando-a claramente em produto midiático. Além disso, existe a parcela de desvalorização que é fruto do preconceito social e do comportamento oportuno de alguns homens e mulheres que fazem parte do nosso segmento. Alguns desses procedimentos, aspectos históricos e culturais da sociedade brasileira, trouxeram a mácula da malandragem e da sensualidade em suas faces mais depreciativas à figura do personagem Passista. E, infelizmente, não temos escolha, pois advém do olhar do outro, cristalizado pela cegueira moral ou discriminação. Mas a verdade é a que eu quero mostrar. Mostrar quem é O Passista. Entretanto, quem vai se apresentar é ele mesmo, Valci Pelé!!! Um Passista militante, malandro, porque sabe conquistar a Mulata sem se apaixonar por ela para não ficar refém da sensualidade do seu samba, e esta é a verdadeira malandragem da ala masculina. entrevista com Valci Pelé. E essa é a minha homenagem a todos os Passistas!!! Fonte. Plumas e paetés de Rafaela Bastosa.

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