O ator Carmo Della Vecchia recorre ao budismo
Prestes a começar gravações, Carmo Della Vecchia recorre ao budismo para reencontrar o equilíbrio
Ele conta como a religião o deixa feliz, centrado e tranquilo
Por Renata Telles
Tabach
Carmo Dalla Vecchia é budista há 13 anos
Budista há 13 anos, Carmo Dalla Vecchia, 40 anos, tinha programado o mês de janeiro para conhecer seu mestre no Japão. Na última hora, precisou cancelar a visita por conta da preparação de seu personagem, um rei, na nova novela das 6 (Pisa na Fulô - título provisório), da dupla de autoras Thelma Guedes, 50, e Duca Rachid, 48.
Mesmo com o imprevisto, o ator não tem do que reclamar, pois acabou de percorrer, durante 24 dias, cidades como Londres, Cairo, Luxor, Istambul e Paris, onde foi fazer pesquisa para seu novo papel na TV.
Lá ele visitou castelos e muitos museus para ajudar a compor o presonagem. Em fevereiro, ele retorna à Cidade Luz, onde vai gravar por dez dias as primeiras cenas da trama e entra por meses num ritmo intenso de gravação.
Nessa hora, ele se apoia mais do que nunca na prática da religião, que, segundo ele, mudou sua qualidade de vida e a forma de ver o mundo. ''O budismo esclareceu muitas coisas na minha vida, como o meu papel dentro da profissão, por exemplo.''
Com um oratório em casa, Carmo medita diariamente duas vezes ao dia para manter a paz e a energia, fundamentais para alcançar um bom trabalho. Aqui, ele conta como se relaciona com a prática religiosa.
Você é budista há 13 anos, como a religião entrou em sua vida?
Em 1997, eu era católico não praticante e um amigo me apresentou a prática Nitiren Daishonin (segmento do budismo japonês). Uma das coisas que me atraiu foi a ênfase de ser feliz hoje, além de não ter aquela questão de Deus supremo. Tenho um mestre (Daisaku Ikeda) que mora no Japão e pretendo ainda conhecê-lo mesmo com o cancelamento da viagem.
Você é dirigente de um grupo budista. Como isso funciona?
No imaginário, o budista é aquele gordinho sentado, quieto... (risos). Não é isso e também não somos passivos a ponto de levar um tapa na cara e oferecer a face pro outro, como muitos imaginam. Ser budista significa ter atitude, ir à luta e ter opiniões. Eu tomo as rédeas da minha vida, não sigo o refrão da música do Zeca Pagodinho, Deixa a Vida Me Levar.
E você promove encontros?
Sim, eles costumam acontecer uma vez por semana, de manhã ou à tardinha, quando não estou gravando. Nosso objeto de devoção é um papiro em que está escrito todos os estados possíveis de vida. Oramos de olho aberto, não entramos em transe. Juntamos as mãos e podemos rezar para uma parede branca, se assim desejarmos. Já cheguei a ficar quatro horas direto dessa forma. Nessas ocasiões, entoamos mantras e repito ensinamentos.
O que isso te trouxe de bom?
Melhorei meu relacionamento com a minha família e as pessoas que estavam a meu redor. Além disso, o budismo esclareceu muitas coisas na minha vida, como o meu papel dentro da minha profissão, por exemplo. Quero ser ator para ser aplaudido ou para passar ideias adiante? Aprendi também que a felicidade pode estar nas coisas simples, como a natureza em si, uma manifestação de energia. Eu sou o tipo de cara que pode abraçar uma árvore sem parecer doido (risos).
Mesmo com o imprevisto, o ator não tem do que reclamar, pois acabou de percorrer, durante 24 dias, cidades como Londres, Cairo, Luxor, Istambul e Paris, onde foi fazer pesquisa para seu novo papel na TV.
Lá ele visitou castelos e muitos museus para ajudar a compor o presonagem. Em fevereiro, ele retorna à Cidade Luz, onde vai gravar por dez dias as primeiras cenas da trama e entra por meses num ritmo intenso de gravação.
Nessa hora, ele se apoia mais do que nunca na prática da religião, que, segundo ele, mudou sua qualidade de vida e a forma de ver o mundo. ''O budismo esclareceu muitas coisas na minha vida, como o meu papel dentro da profissão, por exemplo.''
Com um oratório em casa, Carmo medita diariamente duas vezes ao dia para manter a paz e a energia, fundamentais para alcançar um bom trabalho. Aqui, ele conta como se relaciona com a prática religiosa.
Você é budista há 13 anos, como a religião entrou em sua vida?
Em 1997, eu era católico não praticante e um amigo me apresentou a prática Nitiren Daishonin (segmento do budismo japonês). Uma das coisas que me atraiu foi a ênfase de ser feliz hoje, além de não ter aquela questão de Deus supremo. Tenho um mestre (Daisaku Ikeda) que mora no Japão e pretendo ainda conhecê-lo mesmo com o cancelamento da viagem.
Você é dirigente de um grupo budista. Como isso funciona?
No imaginário, o budista é aquele gordinho sentado, quieto... (risos). Não é isso e também não somos passivos a ponto de levar um tapa na cara e oferecer a face pro outro, como muitos imaginam. Ser budista significa ter atitude, ir à luta e ter opiniões. Eu tomo as rédeas da minha vida, não sigo o refrão da música do Zeca Pagodinho, Deixa a Vida Me Levar.
E você promove encontros?
Sim, eles costumam acontecer uma vez por semana, de manhã ou à tardinha, quando não estou gravando. Nosso objeto de devoção é um papiro em que está escrito todos os estados possíveis de vida. Oramos de olho aberto, não entramos em transe. Juntamos as mãos e podemos rezar para uma parede branca, se assim desejarmos. Já cheguei a ficar quatro horas direto dessa forma. Nessas ocasiões, entoamos mantras e repito ensinamentos.
O que isso te trouxe de bom?
Melhorei meu relacionamento com a minha família e as pessoas que estavam a meu redor. Além disso, o budismo esclareceu muitas coisas na minha vida, como o meu papel dentro da minha profissão, por exemplo. Quero ser ator para ser aplaudido ou para passar ideias adiante? Aprendi também que a felicidade pode estar nas coisas simples, como a natureza em si, uma manifestação de energia. Eu sou o tipo de cara que pode abraçar uma árvore sem parecer doido (risos).
Maravilhoso ,tudo de bom!!!
ResponderExcluir