Se eu morrer...
Pablo Neruda
Se eu morrer, sobrevive a mim com tamanha força que acordarás as fúrias do pálido e do frio, de sul a sul, ergue teus olhos indeléveis, de sol a sol sonha através de tua boca cantante. Não quero que tua risada ou teus passos hesitem. Não quero que minha herança de alegria morra. Não me chames. Estou ausente. Vive em minha ausência como em uma casa. A ausência é uma casa tão rápida que dentro passarás pelas paredes e pendurarás quadros no ar. A ausência é uma casa tão transparente que eu, morto, te verei, vivendo, e se sofreres, meu amor, eu morrerei novamente.
Fonte: br.geocities.com
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