O negro

O NEGRO

Oh! Negro, oh! Filho da Hotentóia ufana Teus braços brônzeos como dois escudos, São dois colossos, dois gigantes mudos, Representando a integridade humana! Nesses braços de força soberana Gloriosamente á luz do sol desnudos Ao bruto encontro dos ferrões agudos Gemeu por muito tempo a alma africana! No colorido dos teus brônzeos braços, Fulge o fogo mordente dos mormaços E a chama fulge do solar brasido... E eu cuido ver os múltiplos produtos Da Terra - as flores e os metais e os frutos Simbolizados nesse colorido!

Augusto dos Anjos.

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