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quarta-feira, 27 de maio de 2009

NOVIDADES SOBRE HIV NO BRASIL

Debate sobre soroprevalência do HIV em populações vulneráveis marca abertura de seminário em SP

26/05/2009 - 10h Dr. Pedro Chequer, diretor do Unaids Como definir o público de Homens que Fazem Sexo com Homens (HSH)? Seriam apenas aqueles que não se identificam como gays? Por que há poucos dados sobre a epidemia na população de transgêneros? Estes foram alguns questionamentos da abertura do “Seminário sobre pesquisas sobre gays, travestis e HSH no campo de enfrentamento da epidemia de HIV e AIDS” na noite desta última segunda-feira em São Paulo. O evento tem como um dos objetivos identificar lacunas na produção de conhecimento e subsidiar estudo de soroprevalência do HIV entre gays, travestis e HSH na cidade de São Paulo. “O acesso ainda não é universal no ponto de vista de informação e diagnóstico do HIV”, disse Pedro Chequer, coordenador do Conjunto das Nações Unidas para o HIV/Aids (Unaids) no Brasil. Entretanto, ele ressaltou que o País é um grande exemplo para mundo ao ter convocado, no ano passado, a primeira Conferência Nacional LGBT – ato realizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A fala de Chequer refere-se ao fato do Brasil ainda não ter encaminhado em 2008 ao Unaids dados sobre a prevalência de HIV entre HSH, transgêneros e também de usuários de drogas. “O movimento social e o Estado têm uma dívida crônica com a população trans, mas é um processo que vai mudar lentamente”, destacou. Ele lembrou que na Argentina, um recente estudo destacou que a prevalência de HIV neste público é de cerca de 30%. Um pouco antes, na mesa de abertura, a representante do Programa Nacional de DST e Aids (PN), Cristina Possas, disse que há lacunas na identificação da população HSH no Brasil e que algumas metodologias de amostragem não estão equacionadas, mas que o País possui pesquisas de comportamentos e práticas, além de investimentos na área. “Vamos mostrar que houve avanços sim, não foi pouco”, prometeu ela sobre as apresentações do tema que vão acontecer nesta terça-feira. Para Arthur Kalichman, coordenador-adjunto do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo (PE), a importância do seminário é saber melhor como está a epidemia entre gays, HSH e travestis. “Os dados que temos já estão muito defasados”, afirmou. Panorama O diretor e professor do Centro de Estudos em Saúde e Sexualidade da universidade peruana Cayetano Heredia, Carlos Cárceres, abriu a primeira mesa redonda do seminário com um panorama mundial de pesquisas de prevalência de HSH. Ele lembrou que o difícil acesso que pesquisadores enfrentam para identificar os HSH em determinados países, principalmente africanos, não permite ter um dado real de quem são essas pessoas. Depois, mostrou dados sobre a prevalência HIV entre países de média e baixa renda. Na América Latina, por exemplo, a prevalência de HSH tem uma média de 16,1%. O “Seminário sobre pesquisas sobre gays, travestis e HSH no campo de enfrentamento da epidemia de HIV e AIDS” é organizado pelo PE, com apoio do Unaids e PN - vai até esta próxima quarta-feira em São Paulo. Rodrigo Vasconcellos

DICA PARA ENTREVISTA: Dica de Entrevista Programa Estadual de DST/Aids de SP Assessoria de Imprensa Tel.: (0XX11) 5087-9835

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Repassando O governo da cidade de Buenos Aires contratou ex-prostitutas como parte de um projeto para ajudar no combate à prostituição infantil. O projeto da Secretaria de Desenvolvimento Social de Buenos Airescomeçou em novembro, com uma equipe que inclui dez ex-prostitutas comsalário mensal de 1,8 mil pesos (cerca de R$ 1 mil), pago pelo governode Buenos Aires. Segundo Miguel Sorbello, coordenador do projeto e assistente social da divisão de Infância e Adolescência da secretaria, "com a ajuda das prostitutas já conseguimos retirar cerca de 110 jovens das ruas, que se prostituíam ou vinham sendo explorados sexualmente" . A previsão é que outras dez mulheres e cinco travestis sejam contratados nos próximos dias para se integrar à equipe. "Como elas conhecem os códigos (da prostituição e da exploração sexual) melhor do que um assistente social, tivemos a ideia de contratá-las. O resultado tem sido positiv o. Elas se aproximam dos jovens e afirmam, por exemplo, que agora que têm 30 ou 40 anos veem que não valeu a pena seguir por aquele caminho. Ao contrário", afirmou Sorbello à BBC Brasil. Segundo ele, muitas das mulheres contratadas para o trabalho também foram exploradas sexualmente quando ainda tinham 12 ou 13 anos de idade. Até o ano passado, algumas delas ainda exerciam a prostituição, mas segundo Sorbello, agora optaram pelo trabalho com o governo. Os 110 jovens que deixaram as ruas com a ajuda do projeto estão hoje divididos em centros de recuperação contra as drogas, por terem mostrados sinais de dependência, ou em locais que incluem cursos profissionalizantes . "Nosso objetivo é que deixem as ruas, mas que tenham logo uma ocupação, para que tenham alternativas na vida", afirmou Sorbello. Ele reconheceu que a exploração sexual é caso de polícia e por isso existe cuidado com a proteção dos que vinham sendo ex plorados, deixaram as ruas e aceitaram a proposta do governo. Estima-se que entre 400 e 500 adolescentes e jovens de até 21 de idade estejam sendo prostituídos na cidade. Desse total, disse Sorbello, a maioria (cerca de 70%) tem entre 15 e 17 anos. E 30% do total são homens. O trabalho do governo de Buenos Aires limita-se aos locais públicos e conta ainda com apoio da Associação de Mulheres Meretrizes da Argentina, com sede em Buenos Aires. "Não servimos apenas para estar numa esquina. Também podemos ajudar a combater a prostituição (infantil) quando nos dão apoio", disse Graciela Collantes, da Associação que reúne cerca de 30 mulheres

:: ARTIGO ::

ONGs de HIV/aids só se sustentam com estabilidade

por Sandro Terabe Em abril de 2009, finalizei uma pesquisa de avaliação sobre o grau de sustentabilidade das ações desenvolvidas pelas ONGs que executaram projetos financiados pelo Programa Nacional de DST e Aids -- PN no Estado de São Paulo. A avaliação foi do tipo formativa, com o objetivo de subsidiar os Programas Nacional e Estadual e as ONGs com informações úteis para a melhoria de suas ações. Como esse tipo de avaliação inclui um componente interno importante, essa pesquisa foi permeada por uma constante tensão entre o distanciamento científico e o compromisso de executor das ações do Programa Nacional, no qual eu trabalho. O tema sustentabilidade foi trabalhado visando à construção de um ciclo orientado pela missão institucional da ONG e pelo fortalecimento do trabalho em rede. A construção do modelo teórico dessa avaliação se deu a partir da perspectiva dos usuários da avaliação (stakeholders) e focada na utilização e melhoria dos programas em que, nesse caso, foram envolvidos não só os Programas Nacional e o Estadual de DST/Aids (CRT), como também o Grupo Técnico OG/ONG de São Paulo e o Fórum de ONG/Aids. A ONG, ao executar um projeto que visa o atendimento de sua missão institucional, tende a ter o reconhecimento do seu público-alvo e da sociedade. Tal reconhecimento é o primeiro passo para a legitimação de suas ações. Essas duas vertentes (o reconhecimento e a legitimação) fortalecem o processo de aprendizagem interno da organização em três componentes distintos, porém não desassociáveis, que são: o técnico, o político e o financeiro. Esse aprendizado interno torna a organização mais ágil e com maior poder de mudança e transformação. Se a organização é ágil, será capaz de mudar e de se transformar nos momentos difíceis, adequando-se à nova realidade. SANDRO TERABE –Mestre em Vigilância em Saúde e Avaliação de programas de controle de processos endêmicos da Escola Nacional de Saúde Publica – ENSP/Fiocruz. Trabalha na área de articulação com sociedade civil e direitos humanos do Programa Nacional de DST/aids do Ministério da Saúd

OVIDADES