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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Eu e a isto é

'); document.write('\'); document.write('\'); //--> document.write(todaysDate); Domingo, 22 de novembro de 2009 CAPA ÍNDICE Exclusivo Online REPORTAGENS MULTIMÍDIA FOTO DA SEMANA ENSAIOS FOTOGRÁFICOS ISTOÉ CONFERE ARTIGOS ESTAÇÃO DA LUZ BATE-PAPO ÍNTEGRAS Editorias ARTES & ESPETÁCULOS BRASIL CIÊNCIA & TECNOLOGIA COMPORTAMENTO ECONOMIA & NEGÓCIOS EDUCAÇÃO ENTREVISTA INTERNACIONAL MEDICINA & BEM-ESTAR POLÍTICA Seções A SEMANA CARTAS DATAS EDITORIAL EM CARTAZ FAX BRASÍLIA GENTE SÉCULO 21 VIVA BEM Busca Procure outras matérias COMPORTAMENTO EspecialTentação - continuação Camilo Vannuchi e Clarisse Meireles Foto: Renato Velasco "Não dá para ser homossexual enrustido. Minha inclinação é um dom divino" Eugênio Ibiapino, ex-seminarista A postura da Igreja costuma ser mais radical quando envolve homossexualismo, pecado considerado mais grave do que a quebra da castidade por setores mais tradicionais da Igreja. Eugênio Ibiapino foi obrigado a deixar o seminário. Motivo: ter assumido sua opção sexual. “Ser ordenado era um sonho de criança. Ele foi arrancado, amputado por uma Igreja preconceituosa, com discursos e sacerdotes cada vez mais homófobos”, revolta-se. Após viver entre religiosos desde os 16 anos, em seminários de Pernambuco e São Paulo, Ibiapino não conseguiu seguir o exemplo de muitos colegas e professores e esconder sua atração por outros homens. “Não dá para ser homossexual enrustido. Considero minha inclinação um dom divino, não punível pela lei nem pela Constituição”, diz. Hoje, membro do Movimento 28 de junho (homenagem ao dia mundial do orgulho gay), Ibiapino lança-se candidato a vereador em Nova Iguaçu, na baixada fluminense. Em seu currículo, constam passagens polêmicas como celebrações de casamentos gays. “Como conhecia a liturgia, casais de amigos pediam para eu celebrar sua união. Fazíamos uma cerimônia simulando um casamento de verdade”, conta. Em 1994, quando João Paulo II visitou o País, Ibiapino juntou-se a outros militantes e atearam fogo em pôsteres do sumo pontífice em frente à igreja da Candelária, no Rio de Janeiro. “Ele é o papa mais conservador da História. Se o discurso da Igreja em relação aos homossexuais não mudar, a comunidade GLS será obrigada a tomar atitudes mais radicais, como denunciar os padres gays que se escondem sob o discurso moralista”, ameaça. Segundo ele, esses padres são muitos. Perdas – O frei franciscano Fernando de Araújo, do Rio de Janeiro, lamenta o número de perdas sofridas pela Igreja por causa da velha teimosia. Muitos de seus colegas com vocação religiosa se apaixonaram durante o seminário. “Se a Igreja cedesse e deixasse de exigir o celibato, aumentaria o número de vocações”, acredita. “Todas as preferências sexuais existem dentro da Igreja. Os religiosos também são humanos e sentem atração por outras pessoas.” Ele ainda lembra que o culto à monogamia e a proibição do incesto são criações do homem. “Lei e desejo normalmente se opõem, criam conflito. E a proibição não funciona. O triângulo amoroso é muito mais constante do que se imagina. O amor verdadeiro deveria receber sempre a bênção de Deus.” Outro frei franciscano, Inácio (nome fictício), acusa a Igreja de evitar a discussão da sexualidade como se fosse um avestruz, enfiando a cabeça na terra em vez de encarar a questão, por mais evidente que seja. O frade considera essa postura um dos maiores erros da instituição. “Quando um homem e uma mulher se encontram sexualmente, o céu bate palmas e o mar dança de alegria. Inventar que sexo é pecado contribuiu para gerar este mundo pornografizado”, avalia. Ele cita o livro Os clérigos, do padre alemão Eugen Drewermann, lançado em 1989. Nele, o autor afirma, baseado em dados de pesquisas internacionais, que um terço do clero vive em “situação matrimonial oculta”. Além disso, chama o celibato de “castração” e “violência”. Recebido como uma bomba pelo Vaticano, o livro provocou o afastamento do padre alemão. Frei Inácio vai mais longe. “Aqueles que não ousam descumprir o celibato – a maioria dos sacerdotes – se masturbam.” Colaboraram: Marina Caruso e Valéria Propato A história da moral A imposição do celibato surgiu no ano 306, com abrangência restrita à Espanha, no Concílio de Elvira. O casamento foi proibido para todos os religiosos. Pouco depois, em 314, o sínodo de Ancira permitiu o casamento dos diáconos (clérigo que vem abaixo do padre), legítimo até hoje. Com o papado de Gregório VII, na segunda metade do século XI, as investidas da Igreja em favor do celibato radicalizaram-se. Gregório, moralista, repudiava envolvimentos afetivos de representantes do clero. A maioria dos papas seguintes reafirmou o celibato e, entre 1537 e 1563, durante o Concílio de Trento, o celibato se tornou obrigatório em todo o mundo. A esperança estava no Concílio Ecumênico do Vaticano II. Sensibilizados pela Teologia da Libertação e pela onda de renovação que varreu a Igreja nos anos 60, muitos acreditavam na revogação do celibato, como Máximo IV, patriarca das igrejas do Oriente. Em carta para o papa Paulo VI, Máximo capitalizava as perdas iminentes. Muitos abandonaram o sacerdócio após o encerramento do Concílio, em 1965, desolados perante a postura irredutível de Paulo VI. Tão irredutível quanto parece ser João Paulo II. << anterior próxima >> LEIA TAMBÉM Tentação Tratamento da gente Estrela do mar Máscara indiscreta Ela vai te pegar HORÓSCOPOO futuro lhe aguarda nas nossas previsões diárias ENQUETE 1 Você acredita no celibato? Sim Não ENQUETE 2 O Brasil deve colaborar com os EUA na guerra contra o tráfico na Colômbia? Sim Não Não sei FÓRUM Gozo divinoÉ possível viver sem sexo? » Outros fóruns EDIÇÕESANTERIORESESPECIAISASSINATURAS EXPEDIENTEPUBLICIDADEFALE CONOSCOASSINE ANEWSLETTER ISTOÉ ONLINE DINHEIRO ISTOÉ GENTE PLANETA