quinta-feira, 25 de julho de 2013

SP: transexual acusa rede de supermercados de discriminação

Transexual Maria Augusta Silveira, a Guta, acusa a rede de supermercados Carrefour de discriminação Foto: Maria Augusta Silveira/Arquivo Pessoal / Divulgação Transexual Maria Augusta Silveira, a Guta, acusa a rede de supermercados Carrefour de discriminação Foto: Maria Augusta Silveira/Arquivo Pessoal / Divulgação Chico Siqueira Direto de Araçatuba A transexual Maria Augusta Silveira acusa o Carrefour de cometer discriminação por desistir de contratá-la para trabalhar em uma de suas lojas, em São José do Rio Preto (SP), assim que tomou conhecimento de sua condição de identidade de gênero. Guta, como é conhecida, foi um das primeiras pessoas a passar por cirurgia para mudança de sexo no País, em 1998. Direitos homossexuais: a trajetória contra o preconceito No mês passado, ela tentava uma vaga para trabalhar na seção de embutidos de uma das lojas de Rio Preto. Foi aprovada no processo seletivo, fez exames médicos admissionais e tinha até aberto uma conta bancária para receber os pagamentos. Mas, na hora da apresentação dos documentos, o nome que constava no histórico escolar era de homem. Em 2003, Guta recebeu da Justiça o direito de mudar seu nome para o feminino em todos os seus documentos, mas a escola onde concluiu o Ensino Médio não fez a mudança. "Eu não tinha visto que a escola não tinha mudado meu nome. Quando expliquei para o RH (Recursos Humanos) que era o nome masculinho que recebi ao nascer, mas que tinha mudado de sexo e trocado de nome, eles me disseram para esperar e, depois, que a vaga já tinha sido preenchida”, contou. Maria Augusta ainda tentou conseguir o emprego, mas a resposta do RH foi de que assim que surgisse uma nova oportunidade a chamariam de volta, o que não aconteceu. No mesmo dia que o RH informou que a vaga não existia mais, um amigo de Guta, que trabalha no Carrefour, entregou a ela um impresso da empresa chamando candidatos para o mesmo emprego que ela pretendia. “Fiquei muito revoltada porque até então ainda acreditava na empresa. Mas, quando percebi que eles tinham me preterido só porque tinha feito a mudança de sexo, e isso há mais 15 anos, levei um choque muito grande. Até então, o preconceito tinha passado por mim como uma brisa, disfarçado, nunca assim tão direto. Para mim, isso foi como levar uma trombada num muro de concreto em alta velocidade”, comentou Guta, que postou sua história no Facebook. A advogado Leandra Merighe, do Grupo de Amparo ao Doente da Aids (Gada), ONG que possui um núcleo jurídico de apoio ao público Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT), disse que está ajuizando ação de indenização por danos morais contra o Carrefour. “A empresa cometeu dois tipos de crimes, de preconceito contra a pessoa humana, previsto na Constituição Federal, e de discriminação trabalhista, também previsto em lei federal”, declarou. Carrefour se pronuncia Em nota, o Carrefour informou que mantém contato com Maria Augusta Silveira e que já teve a oportunidade de se desculpar e esclarecer que houve uma falha nesse processo de seleção. "Casos como este são pontuais e, assim que identificados, prontamente corrigidos", alegou a rede de supermercados. O Carrefour disse ainda que já iniciou a reorientação de todos os envolvidos e colaboradores da loja para garantir o estrito cumprimento das diretrizes da rede. "A empresa reitera que tem uma rigorosa política de diversidade, difundida por meio de treinamento de seus 40 mil colaboradores, e repudia qualquer tipo de descriminação", completou o comunicado. Fonte. site terra.com

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