domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma é a primeira mulher presidente do Brasil

31 de outubro de 2010 19:51

Dilma é a primeira mulher presidente do Brasil

Atualizada às 23h59


Dilma Vana Rousseff (PT), em pronunciamento oficial após a vitória na eleição, destacou neste domingo o fato de ser a primeira mulher eleita presidente do Brasil, uma "demonstração do avanço democrático do país". No discurso, disse que "gostaria muito que os pais e mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas, e lhes dissessem: Sim, a mulher pode."
A presidente eleita enfatizou que "a igualdade de oportunidade entre homens e mulheres é um princípio essencial da democracia" e prometeu respeitar a Constituição. "Vou zelar pela a mais ampla liberdade de imprensa e pela mais ampla liberdade de culto."
Dilma também disse que manterá "responsabilidade" na economia, ressaltando o controle de gastos. Mas já acenou que a austeridade fiscal não se estenderá a programas sociais. A presidente eleita reafirmou a promessa de erradicar a miséria no país.
O candidato derrotado ao Planalto, o tucano José Serra, reconheceu a vitória de Dilma somente após o pronunciamento da petista. "Nós recebemos com humildade o resultado”, disse, afirmando esperar que “Dilma sirva bem” o país. No entanto, o tucano sinalizou que fará oposição dura ao próximo governo e deixou em aberto a possibilidade de tentar disputar a Presidência pela terceira vez.
"A luta continua", disse Serra, que encerrou seu discurso com o último verso do Hino Nacional, acompanhado por militantes tucanos.
O TSE anunciou a vitória de Dilma às 20h13. Com 99,98% das urnas apuradas, às 23h59, Dilma tinha 55,74 milhões de votos, com 56,05% do total, enquanto Serra contabilizava 43,70 milhões de votos (43,95%). 
Na sexta eleição presidencial direta desde a redemocratização,  mais de 135 milhões de brasileiros estavam aptos a votar, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Oito estados, além do Distrito Federal, também votaram para governador em segundo turno: AlagoasAmapáGoiásParáParaíbaPiauíRondônia e Roraima. A abstenção ficou em torno de 20%. 


Perfil
Economista, ligada à área de energia, Dilma foi servidora pública no Rio Grande do Sul, e construiu sua carreira política no PDT, inspirada por Leonel Brizola. Passou a integrar os quadros do Partido dos Trabalhadores somente em 2001. Foi graças a Lula que experimentou uma ascensão na vida política. Primeiro como ministra de Minas e Energia, depois como “gerentona” do presidente, no cargo de ministra-chefe da Casa Civil. (Veja a biografia de Dilma)








Dilma chegou à pasta mais importante do governo em plena turbulência causada pelo escândalo do mensalão. Teve a responsabilidade de substituir José Dirceu, acusado pelo Ministério Público de ser o chefe do esquema que irrigou partidos aliados com recursos de caixa dois.


Até então, Dilma era uma técnica com conhecimento no setor energético e experiência no governo do Rio Grande do Sul. Na Casa Civil, assumiu o papel de articuladora do ministério, consolidando a fama de dura, ao cobrar prazos e resultados em um amplo leque de assuntos – de política econômica a licenças ambientais.
Em 31 de março deste ano, Dilma deixou a Casa Civil para entrar na pré-campanha, enfrentando então o favoritismo de José Serra (PSDB). A ex-ministra cresceu nas pesquisas e chegou a ter mais de 50% dos votos válidos em todas elas, mas começou a oscilar negativamente dias antes do primeiro turno, após a revelação dos escândalos de corrupção na Casa Civil e da entrada do tema do aborto na campanha.


Logo no primeiro debate do segundo turno, a petista mudou a estratégia de campanha reagiu com maior firmeza aos ataques que vinha sofrendo e contra-atacou Serra. A partir de então, a diferença entre ela e o tucano inverteu a queda e passou a crescer.

Baixaria na campanha

A tensão que marcou a campanha desde o início se intensificou nas últimas semanas. No Rio de Janeiro, Serra teria sido acertado na cabeça por dois objetos – uma bolinha de papel e um rolo de fita. Em Curitiba, Dilma foi alvo de balões d’água. Os próprios candidatos contribuíram para isso. Nos debates, Dilma e Serra trocaram insultos. Nos programas eleitorais, preocuparam-se mais em passar uma imagem “do bem” a apresentar propostas de governos.


A baixaria foi ainda mais marcante na internet, principalmente com correntes de e-mails que continham calúnias contra Dilma. Questões como a legalização do aborto e do casamento entre homossexuais foram exploradas à exaustão em e-mails apócrifos enviados a eleitores com a afirmativa de que Dilma pretendia trilhar este caminho. A chamada campanha subterrânea acendeu o alerta da Igreja Católica e de lideranças evangélicas. Até o Papa Bento16 apareceu nos últimos dias de campanha, sugerindo que os eleitores deveriam optar por candidatos que defendessem a vida.

Lula critica tentativa de barrar posse de Tiririca

31 de outubro de 2010 10:44

Lula critica tentativa de barrar posse de Tiririca


agestado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez hoje, após votar em São Bernardo do Campo (SP), uma dura crítica à tentativa de se barrar a posse do deputado eleito Francisco Everaldo Oliveira Silva (PR-SP), conhecido como Tiririca, que venceu a eleição com 1,3 milhão de votos. Ele também criticou a "falta de clareza" sobre a validade da Lei da Ficha Limpa, se para a atual eleição ou para a próxima.
"O que estão fazendo com o Tiririca é um desrespeito com um milhão de pessoas que votaram nele", afirmou Lula. Indagado se senadores e deputados que aprovaram a Ficha Limpa não tinham uma parcela de culpa, Lula concordou e brincou com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que estava presente no local, simulando uma agressão ao parlamentar.
Lula criticou também a tentativa de politizar a religião e de explorar a fala do papa Bento XVI contra o aborto na campanha. "A Igreja Católica sempre foi contrária ao aborto e todos os papas já disseram isso", afirmou. Lula tem viagem programada para Brasília, onde deve acompanhar a apuração do Palácio da Alvorada.






Denuncia grave. HomofoBia na USP

Temos medo de ir às festas da USP’, dizem gays vítimas de homofobia

Aluno de biologia e namorado, da arquitetura, foram agredidos em mansão.
Atlética da ECA divulga nota lamentando ocorrido em evento no Morumbi.

Kleber TomazDo G1 SP
foto4Casal se abraça durante entrevista nesta terça (Foto: Kleber Tomaz /G1)
O casal gay que diz ter sido vítima de homofobia na festa universitária “Outubro ou Nada”, realizada por alunos da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP em uma mansão no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, na madrugada de sábado (23), afirma ao G1 que está com medo de participar de outras festas da universidade. Em abril, um estudante gay de farmácia da USP já havia sofrido ataques homofóbicos num jornal feito por alunos do curso. Naquela ocasião, o motivo das agressões verbais é que o homossexual tinha ido a uma festa.
“Estamos com medo de ir às festas da USP agora”, declara Henrique Andrade, de 21 anos, estudante de biologia da universidade, e seu namorado, um aluno de 22 anos da arquitetura da USP que prefere não ter o nome divulgado, em entrevista concedida ao G1 na tarde desta terça-feira (26), dentro de uma sala do Instituto de Biociências, no Butantã, na Zona Oeste. De mãos dadas, eles aceitaram ser fotografados pela reportagem, desde que não mostrassem os rostos. “Não queremos aparecer. Queremos que haja segurança para gays nas festas uspianas.”
No sábado passado, os namorados foram à festa "Outubro ou Nada", num casarão no Morumbi. Lá, relatam, estavam sentados em um sofá, conversando e abraçados, quando foram surpreendidos por outros três jovens que os xingaram com palavrões homofóbicos e os agrediram com chutes e socos. “A segurança demorou para agir e retirar os agressores. Além dos ataques homofóbicos, reclamamos também da demora dos seguranças para impedir as agressões contra nós”, diz o estudante de arquitetura.
As marcas das agressões já sumiram de seus corpos, segundo o casal, mas as lembranças da surra persistem. Disposto a reagir, Henrique fez um boletim de ocorrência na manhã desta terça na Polícia Civil. Como homofobia não é crime, o caso foi registrado como injúria e lesão corporal na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), na região central da capital.
A Decradi ainda não instaurou nenhum inquérito para apurar o caso porque a vítima não representou contra os agressores. Para que haja uma investigação, os estudantes deverão entrar com uma queixa-crime no prazo de seis meses. O problema é que os acusados ainda não foram identificados. “Era um gordo, um musculoso e outro garoto com estatura mediana. Se não tivéssemos saído da festa, teríamos ido direto para o hospital porque os agressores estavam dispostos a nos espancar mesmo. Soube que eles não eram alunos da ECA”, diz Henrique. "Ainda vamos estudar se entraremos com a representação. Nossa intenção não é culpar ninguém, mas tentar impedir que novas ações de homofobia como essas ocorram em eventos da USP".
Em nota, a Atlética da ECA, que organizou a festa "Outubro ou Nada", lamentou as agressões verbais e físicas contra o casal de alunos da USP. Por telefone, Daniela Bernardes, atual presidente da atlética, afirma que a questão da demora no socorro da segurança contratada durante a festa será apurada. “Também estamos estudando ações para que fatos como esse não voltem a se repetir. Para isso, vamos fazer uma campanha de conscientização", disse Daniela. "Vamos fazer o possível para tentar identificar os agressores."
A Coordenadoria do Núcleo de Combate à Discriminação, Racismo e Preconceito da Defensoria Pública do Estado de São Paulo sugere que o casal tente identificar e reconhecer os suspeitos da agressão por meio das imagens que foram feitas na festa. Uma equipe foi contratada pela Atlética da ECA para tirar fotos dos convidados durante o evento. “O núcleo ofereceu assessoria e apoio aos jovens, caso eles decidam entrar com queixa-crime, pedir uma indenização ou dar entrada num processo administrativo contra homofobia”, afirma a coordenadora do núcleo, a defensora Maíra Diniz.
O diretor do Instituto de Biociências da USP, Wellington Delitti, e o Centro Acadêmico de Biologia da universidade também repudiaram o ataque homofóbico durante a festa universitária. "O que ocorreu com os alunos beira uma barbárie", diz Delitti. O Centro Acadêmico divulgou um comunicado (leia mais abaixo).
Apesar de ter sido organizada por estudantes da ECA, a festa "Outubro ou Nada" era aberta a quem comprasse os convites. Convidados pagavam R$ 45 pela entrada, enquanto alunos da USP tinham de desembolsar R$ 35.
Na noite do próximo dia 5 de novembro, o Centro Acadêmico de Biologia e o casal de alunos querem promover uma festa de protesto contra a homofobia intitulada “Na Bio Pode”. “Será uma festa importante no Centro Acadêmico para dizer que na biologia podemos ser quem somos”, disse o professor de antropologia e filosofia Rui Murrieta, amigo do casal.
Leia abaixo abaixo íntegra do comunicado da ECA sobre o incidente na festa:
“Comunicado Oficial
Na noite da última sexta-feira, dia 22 de Outubro, a Ecatlética realizou a festa "Outubro ou Nada" numa locação no bairro do Morumbi. Durante a festa, um aluno do curso de Biologia e seu namorado foram agredidos verbal e fisicamente, num ato claro de homofobia. Quando um membro da Atlética foi informado, providenciou a retirada imediata dos agressores da festa e, em nome da entidade, se desculpou com vítimas do ataque - àquela altura, era tudo o que podia ser feito.
A Ecatlética lamenta muito o ocorrido e gostaria de manifestar que repudia tais atos e não compactua com esse tipo de opinião de forma alguma. Nós organizamos festas com o objetivo de promover diversão e a integração entre os alunos e somos contra qualquer discriminação. Nossas festas não costumam ter esse tipo de problema e sempre tiveram o diferencial de dar espaço à diversidade, a qual apoiamos, portanto faremos o possível para que assim continue.
Com relação à postura dos seguranças presentes e envolvidos que, de acordo com relatos, não tomaram nenhuma atitude na ocasião da agressão, entraremos em contato com a equipe para esclarecer os fatos e tomar as devidas providências.
Lamentamos mais uma vez o ocorrido e nos colocamos à disposição para qualquer tipo de suporte, esclarecimento ou ajuda que se faça necessário.
Atenciosamente,
ECAtlética”
foto3Casal dá as mãos: embaixo está o boletim de
ocorrência contra os agressores (Kleber Tomaz/ G1)
Leia abaixo o relato de Henrique sobre a festa onde afirma ter sido alvo de jovens homofóbicos:
“Relato – Homofobia em festa da USP
Atitudes como as que aconteceram na última sexta-feira impedem que eu me cale ou tenha medo de mostrar a realidade para todos os alunos da USP e demais pessoas que porventura leiam esse relato.
No dia 22 de outubro, eu, Henrique Andrade do terceiro ano de Biologia da USP, estava junto com meu namorado na festa “Outubro ou Nada” realizada pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) em um imóvel na Rua Itororó, 226, no Morumbi. Fomos junto com meus amigos de curso aproveitar essa festa, após uma prova. Estávamos cansados, e eu e meu namorado sentamos em um sofá em um dos cômodos da casa onde outras pessoas também descansavam. Conversávamos abraçados quando três caras se dirigiram até nós e começaram a nos xingar. Estavam visivelmente alcoolizados, e disseram inúmeros palavrões, gritaram para que saíssemos da festa pois estávamos manchando o lugar e usaram diversos adjetivos homofóbicos.
Enquanto apontavam os cigarros acesos em nossos rostos, como forma de intimidação, um deles jogou um copo cheio de bebida em nossas roupas. A partir desse momento as agressões morais somaram-se às agressões físicas: foram chutes e socos, enquanto meu namorado os empurrava tentando nos defender. Duas meninas que estavam no local chamaram um segurança, que para meu espanto ao chegar no local nada fez. Nitidamente compartilhando da visão homofóbica dos agressores, o segurança ficou olhando a briga enquanto eu gritava pedindo para que ele retirasse aqueles três caras do recinto. Nesse meio tempo, levei um tapa na cara na frente do segurança enquanto tentava dialogar com os indivíduos e um deles falou que eu e meu namorado estávamos marcados. A equipe de segurança só tomou uma atitude após a formação de um aglomerado indignado com a barbárie que estava acontecendo.
Os agressores homofóbicos foram contidos, mas não foram retirados da festa. Reencontrei com meus amigos de curso e contei a eles sobre a barbárie ocorrida. Indignados, entraram em contato com pessoas da ECA. O vice-presidente da Atlética da ECA foi muito atencioso e pediu milhares de desculpas. Depois que ele conversou com os seguranças, a equipe responsável retirou os agressores. Eles relutaram em sair da festa, e continuaram com ameaças e xingamentos do lado de fora dos portões do casarão. Foi preciso escolta até um táxi para que pudéssemos sair da festa.
No sábado, dia 23, soube que mais tarde na festa o carro de uma menina foi depredado pelos mesmos três agressores. Eles chutaram e urinaram nas portas do carro dela, porque ela respondeu “sim” após eles perguntarem se ela tinha amigos gays.
Eu e meu namorado estamos bem fisicamente, mas a agressão moral ainda dói. Estamos tomando as providências cabíveis juntamente com o Centro Acadêmico (CA) da Biologia e a Defensoria Pública do Estado de São Paulo (existe a Lei Estadual 10.948/2001 de combate à discriminação homofóbica em São Paulo). Não quero punir ou me vingar de ninguém, só não acho que atitudes homofóbicas como as ocorridas na festa pelos agressores e pelo segurança devam ser vistas como naturais, relevadas pelas pessoas. Nunca imaginei que seria vítima de um tipo bárbaro de agressão como esse, e quero alertar e servir como atitude precedente para os que sofrerem com situações semelhantes. Não vou me calar perante essa covardia.
Reforço a ajuda da Atlética da ECA na resolução dessa barbárie. Sei que tanto o CA quanto a Atlética da ECA não apóiam essa atitude homofóbica dos agressores e do segurança da festa. Infelizmente a equipe contratada não está preparada para lidar com a diversidade. Que eles não sejam chamados para outras festas na USP, ou que aprendam a tratar de forma não discriminatória os gays. E que a ECA se posicione formalmente sobre esse lamentável ocorrido.
Quero agradecer a todos os amigos pela preocupação que tiveram comigo e com meu namorado. Muito obrigado.
Não à homofobia !
“E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor?” Caio Fernando Abreu”
RepúdioApós receber o relato de Henrique, o Centro Acadêmico de Biologia decidiu fazer uma moção de repúdio. O documento está sendo distribuído na USP, solicitando assinaturas dos estudantes.
“O Centro Acadêmico de Biologia da USP (SPHN-CABIO) gostaria de publicizar o seu mais completo repúdio à agressão física e moral sofrida pelo estudante de nosso curso, Henrique Andrade, e pelo seu namorado *, durante a tradicional festa uspiana "Outubro ou Nada". Henrique e * foram abordados por três jovens porque estavam abraçados na festa. Foram agredidos verbalmente, ameaçados, convidados a saírem da festa e, por fim, agredidos fisicamente em meio a uma completa negligência da equipe de segurança da festa que só tomou a devida atitude de expulsar os agressores muito tempo após o ocorrido. É extremamente penoso constatar que continuamos vivendo em uma sociedade repleta de preconceitos e intolerância. Em um momento como esse, é fundamental que a comunidade de estudantes, professores e funcionários da universidade, bem como suas entidades representativas, exponham suas posições, organizem debates e façam atos para repudiar a homofobia e defender uma sociedade tolerante que respeite a livre orientação sexual e identidade de gênero”, escreve o Centro Acadêmico de Biologia, que finaliza: “Convidamos todos que lerem essa carta a contribuírem para que eventos como esse não mais aconteçam. Não à homofobia! Pela criminalização da homofobia no Brasil!”.
* a pedido do namorado de Henrique, o nome dele foi suprimido da nota.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Uma rosa para a menina Joanna Marcenal Marins, morta pelo pai

Quantas  Joannas mais o mundo vai perder para a covardia e para a impunidade.
Quem cala sobre o seu corpo consente em sua morte.
SILENCIO   =   MORTE.
Violência contra  criança denuncie pelo Tel. 100, ou 190.( grátis e não precisa  se identificar .
VAMOS COLOCAR TODOS  ESSES MONSTROS NA CADEIA.


palavras do Editor

Pai de Joanna Marcenal é levado para o presídio de Bangu 8

MAUS-TRATOS

Pai de Joanna Marcenal é levado para o presídio de Bangu 8

Publicada em 26/10/2010 às 12h40m
Waleska Borges e arquivo O Globo
  • R1
  • R2
  • R3
  • R4
  • R5
  • MÉDIA: 4,6
Pai de Joanna Marcenal é transferido da Dcav para o presídio Bangu 8. Foto de Gabriel de Paiva
RIO - O pai da menina Joanna Marcenal Marins, morta em agosto, André Rodrigues Marins, já passou pelo exame de corpo-delito no IML e está seguindo para o presídio de Bangu 8, onde ficará detido, por ter curso superior. Ele passou a noite na Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav). A madrasta da menina, Vanessa Maia, não apareceu na delegacia na manhã desta terça-feira. Parentes de Joanna também não estiveram no local.
André foi preso no Fórum do Rio, na noite desta segunda-feira, após a Justiça aceitar denúncia do Ministério Público. Ele é acusado de torturar e matar a criança, de 5 anos.
Ao chegar na Dcav, ele era esperado por cerca de dez parentes da mãe de Joanna, Cristiane Cardoso Marcenal Ferraz, que gritavam pedindo Justiça. Vestindo camisas brancas, com o retrato da menina, o grupo improvisou uma manifestação gritando "assassino, assassino". Em seguida, depois de contidos pelos policiais, os parentes formaram uma roda e, de mãos dadas, rezaram.
O delegado Luiz Henrique Pereira disse, ainda, esperar que a Justiça determine a prisão da madrasta de Joanna, Vanessa Maia . O MP também pediu a prisão de Vanessa, porém o juiz Guilherme Schilling, do 3º Tribunal do Júri, que determinou a prisão imediata de André, ainda não decidiu se aceitará o pedido da promotoria em relação a ela.
Chorando muito, Cristiane Cardoso Marcenal Ferraz, mãe de Joanna, disse segunda-feira que a denúncia do Ministério Público provou que André tinha a intenção de matar sua filha desde o momento em que conseguiu a guarda da menina.
- Hoje, a sociedade pode dormir com a sensação de que existe Justiça no Rio. Briguei com muita gente poderosa para mostrar que minha filha estava sendo machucada e, agora, vem a prova de que eu não sou uma louca. Espero que ele (André) seja julgado e que tenha bastante tempo para pensar na cadeia - disse Cristiane.
A promotora Ana Lúcia justificou o pedido de prisão do casal citando o temperamento agressivo de ambos. Segundo ela, André tem 26 registros de ocorrência, três deles pela lei Maria da Penha. Cristiane e Vanessa disseram ter sido agredidas quando estavam grávidas. No pedido de prisão, a promotora cita ainda o cabeleireiro Gedirez, que teria mudado seu depoimento - que antes narrava a conduta agressiva de André - após sofrer ameaças por parte do acusado.
Segundo o MP, também há provas do temperamento explosivo de Vanessa. O próprio André já havia registrado queixa contra a mulher, por ela ter arremessado uma cadeira contra ele, irritada com uma festa de aniversário feita pelos avós paternos de Joanna.
Vanessa foi denunciada ainda por ser "tão responsável quanto o pai na morte da menina, uma vez que a madrasta também possuía a guarda de Joanna".
A menina Joanna Marcenal, em foto do celular da mãe. Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo.O pai e a mãe de Joanna travavam uma batalha judicial pela guarda da criança desde 2004. Quando morreu, a menina estava sob os cuidados do pai havia um mês e vinte dias.
No último dia 15, o titular da Dcavindiciou o pai da menina pelo crime de tortura. Ele explicou que durante as investigações ficou comprovado que a criança sofria maus tratos constantes.
O laudo feito pelos peritos do Instituto Médico-Legal (IML) confirmou as suspeitas de que a menina sofreu maus-tratos. O documento a que O GLOBO teve acesso conclui que as lesões nas nádegas da criança, semelhantes a queimaduras, foram causadas por substância química ou ação física, e que as cicatrizes e feridas no corpo de Joanna foram provocadas por traumas.
A menina morreu no dia 13 de agosto, segundo os peritos, em consequência de uma meningite viral desenvolvida a partir de herpes. O laudo descreve que a doença pode ser consequência de baixa imunidade.
Leia mais:
Links patrocinados

Nova Iguaçu realiza Dia D Vacinação contra a gripe

A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu (Semus) vai fazer, neste sábado (13), uma grande mobilização para participar do Dia D de Vaci...